Fórum de debates da Associação Ferroviária Trilhos do Rio

Outra foto , desta vez do lado oposto :

Esta "vila" sería o leito ... ela fica exatamente em frente aos trilhos na rua Frei Sampaio :

BUDA, ótimos achados. Meus parabéns.

O link que você postou é bem elucidativo. Confirma exatamente onde ficava o "ponto final" do ramal dentro da base aérea (não havia uma estação/parada, eram apenas escadas, muito parecidas com as que existiam em Porto das Caixas até pouco tempo atrás) e que o mesmo era eletrificado. Fiquei também curioso quanto a essa Parada das Onças. Destaque para o painel de azulejos:



Muito bonito.

Galera, é incrível, mas a foto que eu vi há algumas semanas foi feita exatamente do mesmo ângulo da ilustração feita em azulejos postada pelo Vinicius. O incrível e que não cnsigo achar esta foto,será que foi um sonho, uma premonição ? A imagem era em preto e branco, disso eu me lembro bem, mas onde vi é que não consigo encontrar ! ! !


Parabéns pela descoberta, show de bola !

Pessoal,


O Buda colocou o site: http://www.amantesdaferrovia.com.br/pho ... fonsos-iii, lá tem fotos interessantes do ramal, inclusive com o esquema da linha....

Na fase áurea do transporte ferroviário no Rio, alguns ramais foram importantes e ocuparam um papel de destaque. Havia sim o trem com o ramal Campo dos Afonsos, encarregado de fazer o transporte dos militares da Aeronautica. Na verdade, haviam dois ramais encarregados de transportar militares. Um deles era chamado de “Trem das Professoras”. Era uma composição que servia, com exclusividade, a militares da Aeronáutica e que partia da Estação D. Pedro II com destino à Base Aérea de Santa Cruz. Ele parava em algumas estações do percurso, entre elas a de Madureira, onde os militares embarcavam.
Devido aos investimentos sempre estarem um passo atrás da verdadeira necessidade do Sistema Suburbano, os trens nem sempre ofereciam a comodidade mínima para os passageiros, tendo estes, que viajar na porta como "pingentes" nos horários mais concorridos.
A composição tinha seis vagões com quatro portas cada, nas quais se postavam guardas da Corporação com a incumbência de impedir o embarque de pessoas não autorizadas. Havia vagões específicos para oficiais e para soldados. Para agradar e fazer média, além dos militares da Aeronáutica, a única exceção permitida era o embarque de professoras e normalistas do ensino público, daí o apelido do trem.
Havia, ainda,o outro trem a serviço da Aeronáutica com o mesmo fim, com destino ao Campo dos Afonsos. Este, ao chegar em Bento Ribeiro, pegava um desvio que conduzia até a Base Aérea.
Em contrapartida ao “Trem das Professoras”, havia outro chamado de “Cacareco”, destinado a transportar soldados do Exército para as estações da Vila Militar e de Realengo.
Esse trem com o ramal Campo dos Afonsos vinha da Estação Pedro II, e como eu disse acima, ele fazia um desvio na estação de Bento Ribeiro, atravessava a Rua João Vicente, como alguns já sabem, e ía ali por trás do antigo supermercado Sendas(atual Extra). Ele passava ali por dentro do DCI(do comando central da intendencia da aeronautica, em Msrechal Hermes), e seguia atravessando as Ruas Gravatá e General Claudio, indo finalizar ali no antigo portão da Base Aerea dos Afonsos que dava acesso à Rua Xavier Curado( esse portão ainda existe e fica bem em frente ao começo da Rua Marina). O trem entrava por este portão que era aberto no momento da passagem dos vagões, e o destino final era a Academia Militar da Aeronautica(dentro da Base Aérea). O ramal teve o seu fim entre 1970 e 1971 quando a academia foi pra Minas Gerais e ali agora funciona a UNIFA(Universidade da Força Aérea). Em alguns trechos de Bento Ribeiro e de Marechal Hermes aimda é possível observar os trilhos. Grande parte da malha foi coberta por residencias ou asfalto.

Excelente relato !

Boa tarde meus conterrâneos.

Matei uns 90% da charada. Encontrei um mosaico aéreo de Marechal Hermes em 1951.
Não é lá uma maravilha, mas ajudou e muito a revelar o caminho desta estrada de ferro.

Acredito que a parada das Onças ficava no Quartel DCI, hoje o DCI fazem 76 anos, então deve ter sido parada obrigatória para os militares.

Dá até arrepios!

Excelente !!!