Fórum de debates Trilhos do Rio

Dado, agora eu é que vou continuar indo de encontro a sua opinão, hehe.

Sabe o que comprova o alargamento para a direita?

1- Veja na planta antiga que a Senador Pompeu e a Barão de São Felix são paralelas do início ao fim. Hoje, a partir da central, a Senador Pompeu guina à direita e se encontra com a Barão de São Felix.

2- Da mesma forma a Rua Rego Barros tinha uma curva no seu centro para terminar na Senador Pompeu. Hoje ela é uma linha reta, sem a curva central. Exatamente na curva antiga é onde passa a atual Senador Pompeu.


Sobre o túnel 2, na planta ele não aparece pq está fora dela, acima. NA foto de 1930 ele aparece, ao fundo, onde coloquei um ponto rosa. Se você puder ampliar (eu não tenho ferramentas para isso), talvez o veja mais fácil, junto com a acesso que vinha de São Diogo, cuja cicatriz aparece na foto. Fica mais difícil de achar o tunel e a cicatriz na foto pq eles estão fora de onde deviam, pois houve esse alargamento do leito.

Grande Amaral !
Realmente, me guiei pela curva (cotovelo) da Rua da América com R.Senador Pompeu. A linha não estava passando ali realmente, é mais pra cima. Ampliando a imagem agora dá pra ver direitinho ! Veja(m): Sendo assim, parece mesmo que o morro foi arrasado para urbanização e mudança de arruamento na região.
Essa eu tiro o chapéu ! Valeu, Amaral ! Show !

Amaral e Dado. Acompanhei o debate de vocês.
Sensacional!
Gostaria de dar o meu pitaco
A posição dos prédios da estação da corte e da central atual eram bem diferentes.
O prédio da corte era enviesado em relação a atual Rua Bento Ribeiro e o prédio atual da central praticamente paralelo.
Em função dessa diferença e da necessidade do aumento do pátio dá para verificar que o aumento de linhas deu-se no lado direito (sentido subúrbio).
Além do aspecto da diferença da posição dos prédios, tem a questão que o Amaral explicou envolvendo a perda do paralelismo das Ruas Senador Pompeu e Barão de São Félix em relação à época da estação da Corte.

Só que tem um porém nessa estória. Para mim o aumento do leito do lado direito iria até um certo ponto, talvez pouco antes da Rua da América.
A partir desse ponto, creio que o aumento do leito deu-se do lado esquerdo, uma vez que a avenida que havia junto a linha férrea foi arrasada.
Não estou contando aí com a linha do metrô.

No caso da circular, entendi que o Hugo leu em algum livro sobre a existência da mesma.É isso?
Em contra-partida o Hugo ainda está meio reticente sobre a existencia da mesma.

Sabemos que as locomotivas tinham que de alguma forma teram a posição invertida novamente para voltarem ao subúrbio.
A princípio achamos estranho um projeto envolvendo passageiros passando pelos trilhos da circular para o acesso as demais plataformas, mas a imagem abaixo mostra que isso acontecia, pelo menos nesse ponto.


O Dado fez um esquema onde confirmada a questão da circular, a mesma teria que ser extremamante fechada, apesar de possível.
Por outro lado, vejam a imagem abaixo e observem que os desvios obedecem a mesma direção.
Exemplo obedecendo na foto da direita para a esquerda: (linha 1 para linha 2 ou linha 3; linha 2 para a linha 3 ou linha 4 e assim sucessivamente). Veja a foto abaixo e reparem como haveria a possibilidade da transferência de até 2 linhas, mas na mesma direção.



Ora imaginando uma locomotiva puxando vários vagões, não haveria espaço para ela e os vagões transferirem da linha 1 por exemplo e ir para a linha 2, onde o comboio teria que ser conduzido de ré (caso houvesse esse espaço).

Vamos raciocinar por outro lado. Imaginando que após a chegada da locomotiva a Central, a mesma seria desengatada dos vagões e ela por si só realizasse a transferência de linhas.
Para alcançar as plataformas do meio por exemplo, a mesma teria que avançar da linha 1 para a 2 usando o desvio, voltar de ré até antes do desvio seguinte, passsar da linha 2 para a 3 e daí por diante até chegar à plataforma do meio.
Mesmo que a circular fosse usada nos 2 sentidos, a dificuldade seria a mesma.

Será que esse zigue-zague acontecia mesmo, ou será que já havia uma locomotiva de espera?

Indago em função disso, se a circular não poderia ser a partir de um determinado ponto uma linha reta perpendicular às outras onde pudesse haver um girador que atuaria apenas em 90º?

A idéia da circular é muito mais lógica, mas olha o trabalho que dava se seguido o exemplo que dei.

De qualquer forma no livro do Hélio acho que há fotos mostrando a parte interna da gare. Vou ver se acho.
Vou tentar garimpar na internet também.

Foto da construção no novo prédio da central ao lado do velho prédio ao fundo do lado direito. Vejam o alrgamento do leito na direção do morro, inclusive a Senador Pompeu, nesse momento, não existia no trecho entre a Bento Ribeiro e a Rua da América. Provavelmente o fotógrafo se encontra sobre o morro do Tunel 1 que me parece estar sendo preparado para o desmanche.




Sobre a circular, alguém sabe a data da desativação da rotunda de São Diogo? Não vejo muita razão para uma linha circular com a existência de uma rotunda a aproximadamente 1km dali cuja função era exatamente de girar as composições.
Exceto se a mesma tenha sido construída junto com a desativação da rotunda.

Será interessante se soubermos as épocas retratadas nas fotos postadas pelo Hugo Caramuru.

Hugo, sabe de que ano são estas fotos, que mostram esta linha circular ?

Aquela que eu e ele postamos, aérea, e onde dá pra ver o túnel 1 de Marítima, eu sei que é de 1930, segundo a Biblioteca Nacional.

Este lance da rotunda em São Diogo eu já tinha explanado. Acho estranho realmente, a não ser que esta rotunda tenha servido apenas às oficinas e/ou então como abrigo das locomotivas quando fora de serviço. Assim a linha circular funcionaria durante os horários de movimento (maior movimento) enquanto nos outros períodos do dia, de menos horários, os trens e locomotivas ficariam estacionados (e devidamente manobrados) em São Diogo.

Pessoal, confesso que esta parte da EF D.Pedro II (Central do Brasil) eu pesquisei pouquíssimo em documentos antigos. Vou dar uma olhada legal e tentar encontrar algo relevante. Postarei aqui assim que tiver alguma novidade.

Pessoal, boa noite!

Segue abaixo uma foto da gare da central em 1920. Não sei se vai ajudar alguma coisa, mas fica aqui o registro.

Aparentemente não vejo um ramal circular, apesar de reconhecer que para obedecer o raio mínimo para a curva, o mesmo poderia estar mais atrás do fotógrafo.

Abraço a todos.

pus a foto no local errado. É aqui.

Mistério resolvido.

A circular estava atrás do fotógrafo nessa foto, por isso não conseguíamos vê-la:



Tudo uma questão de ângulo, rs. Excelente achado Hugo.

E vejam que aparentemente há uma passagem subterrânea, sob os trilhos !
Aí sim, as coisas fazem mais sentido ...
Show de bola !