Cremalheira nº 11 da Serra de Petrópolis + Vagão de carga

[Vinicius]

Ontem, fui a Petrópolis a passeio e fiz uma visita ao Museu Imperial. Como vocês sabem, lá se encontra uma das locomotivas cremalheira que foram utilizadas na Serra de Petrópolis. A nº 11 foi construída pela Baldwin Locomotive Works, nos Estados Unidos, em 1897, sob o número 15229. Foi reformada pela Leopoldina nas Officinas Alto da Serra, em 1938, e recebeu ainda mais uma reforma em 1946. As locomotivas da serra de Petrópolis iam de números 1 a 21, tendo como fabricantes americanos, ingleses e suíços. Foram aposentadas em 05 de novembro de 1964, quando o trecho da serra, junto com o restante da Linha do Norte até Três Rios, foi erradicado. No passado, essa locomotiva encontrava-se exposta e completamente abandonada nos jardins do museu, mas na década de 90 ela foi completamente restaurada e levada para o Pátio Lacombe, localizado no Anexo das Viaturas, sendo hoje uma das principais atrações do espaço. Junto a ela temos um vagão de carga, de 1894, que possui em um dos seus rodeiros a inscrição "PGP" (E. F. Príncipe do Grão-Pará). No interior do vagão encontram-se quatro computadores para que o visitante possa acessar todo o acervo do museu, através do projeto DAMI – Digitalização e Acessibilidade do Acervo do Museu Imperial, patrocinado pela IBM do Brasil. Tanto a locomotiva quanto o vagão encontram-se impecáveis, o que é uma exelente notícia em se tratando de preservação ferroviária no Brasil.

Fotos

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[DadoDJ]

Simplesmente show de bola !

[Vinicius]

Muito obrigado.

[HUGO CARAMURU]

Excelentes fotos!!Parabéns mesmo! Vc fez um serviço que pretendi fazer, pois estou fazendo ha cerca de 25 anos um levantamento sobre as locomotivas da Leopoldina... Nos meus arquivos essa locomotiva foi construida pela Baldwin Locomotive Works, EUA, em 1897, sob nr 15229. Foi reformada pela Leopoldina em 1938. Depois ainda sofreu mais outra reforma em 1946. As locomotivas de serra da Leopoldina iam de nrs 1 a 21, com fabricantes Suíços, Ingleses e americanos.

[Vinicius]

Hugo, só vi o seu comentário hoje, rs. Muito obrigado, principalmente pelas informações dadas. Espero que o seu trabalho de meio século um dia seja publicado.

[juan]

As fotos são mesmo uma beleza, parabéns. A primeira vez que fui ao museu imperial, essa máquina estava ao relento, bem mal cuidada. Mas depois da construção do anexo, ela ganhou um lugar merecido.
Quanto ao fabricante, eu sempre achei que as máquinas 11, 13 e 21 forma construídas, do zero, nas oficinas do Alto da Serra. Quando fui ao museu em 2005, visitei a biblioteca e tive acesso a fotos da construção dessas locomotivas. O fato de existir uma mesma numeração alocada às locomotivas Baldwin, pode-se atribuir ao costume que sempre existiu nas estradas de ferro brasileiras de mudar os números das locomotivas em diferentes períodos, e utilizar o número de locomotivas já baixadas naquelas mais modernas.
No álbum da RFFSA de 1959, consta como fabricante da 11, 13 e 21 a LR, oficina do Alto da Serra. E se formos pelo aspecto técnico, as máquinas Baldwin eram muito antigas, de vapor saturado, com distribuição interna. As locomotivas 11, 13 e 21 tinham um aspecto bem mais europeu, e eram mais modernas.
Embora a EFPGP e a LR tenham adquirido máquinas da Baldwin e SLM (Suíça), no final das operações da serra de Petrópolis, apenas as 3 máquinas feitas em casa e mais uma dezena de locomotivas construídas na Alemanha, pela Maschinenfabrik Esslingen, é que constavam no álbum daquela linha. Não tenho conhecimento de locomotivas inglesas nessa linha.
Se estiver enganado, por favor me desculpem.

[DadoDJ]

Realmente, Juan, você é um grande estudioso das saudosas "vaporosas".
Já vi que teremos grandes bate-papos entre você e o Hugo Caramuru, outro amante e grande conhecedor destas fabulosas máquinas. E todos nós, também claro, apreciadores das queridas "marias-fumaça".
Mais uma vez seja bem-vindo ao nosso trem !

[HUGO CARAMURU]

Os comentarios de Juan me deixaram "arrepiado" de tantos detalhes... Legal mesmo!

[juan]

Realmente, Juan, você é um grande estudioso das saudosas "vaporosas".
Já vi que teremos grandes bate-papos entre você e o Hugo Caramuru, outro amante e grande conhecedor destas fabulosas máquinas. E todos nós, também claro, apreciadores das queridas "marias-fumaça".
Mais uma vez seja bem-vindo ao nosso trem !

Que nada, eu só sou um curioso metido a besta..............
To meio enrolado de tempo, mas breve vou postar algumas fotos..........

[HUGO CARAMURU]

Juan, "curioso metido a besta"? Se todos curiosos metidos a besta der informação assim, queremos todos ficar abestalhados...